sábado, 11 de outubro de 2014

O mapa mundi


Tenho em mim tanto e quanto
E tanto e muito e á beça
Sofro que assim de viver
Demasiado da sombra que veste
O oeste que é meus braços.

Tido em mim soma, pluma
Veneza de toda Europa
Um Verniz fora de tom
Sobre tudo que soma
Tenho o que assoma, o amor.

Meus olhos são distantes
Como a dimensão da Europa
Entre Elvis Presley e Marilyn Monroe
[Diz papai que eu espere]
Não se pode esperar da espera.

Em mim quando o amor acontece
Sucede as mutações, o enegrecer
Partido, banido, em instantes, outro
Não mais aquele que aquela
Eu me converto num mapa mundi.

Sou autor de toda França, que não sei
Uma geografia na sociologia que inventei
Uma espessura plana delicada, a guerra
O amor a paz tudo num lugar
Que á tempos de mim vazante.

As pisadas invernam, arrebentam
Meus ossos plenos de pedir o delicado
Meras maquinas dispostas, dispersas
Ainda estou mudo de pensamentos
Há apenas represas de sufixos, radicais

Depressões que em si se afundam
Sinto o tiritar dos músculos se arrebentando
{ Mas voltando aos mapas, diz papai, mora numa só direção]
Tomo logo que, uma ele não quer que eu veja
Duas, os meus versos são.... São...

Enfim, sou como um mar dentro de um mar
na ideologia que respiro os outros são assim:
Mares maiores, ou menores um dentro do outro
Como os casais, como a vida dentro da morte
E eu meramente apenas um mar, dentro do mapa.

O fim da tarde é de me deixar bobo
O Sol de Brasília suscita orgasmos da ida
Até a vinda, que é quando estou junto a papai
[Apenas espere. Quem espera com sede, vive antes de morrer de fome]

Ri de papai não me aguentei, nasci como um feto
Pelado e sujo e pouco e mínimo e diminuto e nada, e menos que isso
E sou poeta e todo um mapa-múndi, e ri chorei.

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