sábado, 11 de outubro de 2014

CLXXXVIII

Às margens dessas linhas
Que por entre diretrizes,
Sabe lá, do que te dizes.
E desta vida condicionada
Por estas questões surdas,
A questão de não existirem.

Um tiro dentro do olho,
Cegueira que os próprios escapam
Dentro de desígnios áureos
Qual tal tremendo breu na entrada
Flagelam personalidades austeras.

A utopia do historiar paralítico
Que corre na consciência
E sabe de si mesmo.
A falta do próprio conspecto.
E tem por si mesmo
Carência de sua resposta.

O vivente da clausula póstera
Num réquiem da própria ciência
No simplesmente soar do ''Nada''.
Na beira um espirito em decadência
Disposto a servir aos poetas clemencia
A se interpor que os porquês se renovam.

Sabe se lá, sê vindouro agora
Tem nas mãos o amarelo ígneo
Nos olhos obscuros de verdade.
Tem de pôr na vida vírgulas
E mais parágrafos entre os pontos...
No ser do mundo, sua província.

Tens na vida todo amor
E se não tens de alguém amor
 Os olhos rubros em ardor
Sabe da vida tanto mais
 Que é não amar porque te amam
Amas o próprio amor que não tendes.

Ser na vida, um indefinido
Ser quem tudo sabe e soube
Ser tudo ou nada que o tudo coube.
Pensar que a toda vida é absoluta
 Encurtar outros pés pros seus


A vida é um supor inesgotável.

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