Estes
olhos vis,
descansam nos óculos
e não sei do que ris,
e que outros olhos vês.
e não sei do que ris,
e que outros olhos vês.
Mas estes não são,
digo-lhe que os vejo
e são marés febris
e findas num mar vermelho.
digo-lhe que os vejo
e são marés febris
e findas num mar vermelho.
E o
carmesim,
que me procura
seja apenas metáfora
ou rouge de sua boca
Ana.
que me procura
seja apenas metáfora
ou rouge de sua boca
Ana.
Não
sei terminar,
Ana esse poema
como não saber terminar o beijo
como nem sei como lhe beijei.
Ana esse poema
como não saber terminar o beijo
como nem sei como lhe beijei.
E se
ris sem nada,
que acrescente riso
gargalho contigo
que é de ti, que ninguém saberá.
que acrescente riso
gargalho contigo
que é de ti, que ninguém saberá.
Ana de
danada teu nome,
levante as saias que irei,
mergulhar, e prometo, de olhos fechados
que eu quero é me esconder de mim.
levante as saias que irei,
mergulhar, e prometo, de olhos fechados
que eu quero é me esconder de mim.
Vinde a me curar,
vai trabalhar tão cedo
e eu tão inútil escrevendo,
quantos poemas que a vida lhe deu.
vai trabalhar tão cedo
e eu tão inútil escrevendo,
quantos poemas que a vida lhe deu.
Vou
lhe contar, porque me escondo
atrás dessas telas quadradas,
que sou tudo que pede as mulheres,
e lá estão elas com os errados,
e sou pendente caso da fantasia.
atrás dessas telas quadradas,
que sou tudo que pede as mulheres,
e lá estão elas com os errados,
e sou pendente caso da fantasia.
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